sábado, 20 de março de 2010

Opa, uma retificação!


Ah, como sou avoado! falei que estava torcendo pelo Roger mello, que concorre na categoria 'Ilustradores' ao Hans Cristian Andersen 2010, e omiti que outro brasileiro está no páreo! O Bartolomeu Campos de Queiros, que é um escritor muito sensível, com seus escritos cheios de poesia, está concorrendo em 'Escritores'.

Logo, temos dois motivos para torcida!

Bom, segue a notícia correta aqui embaixo :)

Bartolomeu Campos de Queirós e Roger Mello estão entre os finalistas do Prêmio Hans Christian Andersen 2010

Pela primeira vez na história do Prêmio Hans Christian Andersen - HCA, criado pelo International Board on Books for Young People – IBBY, dois brasileiros são selecionados como finalistas.

A Fundação Nacional do Livro Infantil e juvenil – FNLIJ, seção brasileira do IBBY, indica, de dois em dois anos, um escritor e um ilustrador para concorrer ao Prêmio. Para a edição de 2010 do HCA, a FNLIJ indicou o escritor Bartolomeu Campos de Queirós e o ilustrador Roger Mello.

A concessão deste prêmio é considerada a distinção máxima internacional dada a um escritor e a um ilustrador vivo cuja obra represente grande contribuição para a literatura infantil. Dentre os 55 candidatos que foram indicados pelas seções nacionais do IBBY, o júri selecionou cinco candidatos finalistas nas categorias escritor e ilustrador. Os vencedores em cada categoria serão anunciados no dia 23 de março, durante a Conferência de Imprensa do IBBY, na Feira de Bolonha, Itália.

Escritores Finalistas
- Ahmad Reza Ahmadi (Irã)
- Bartolomeu Campos de Queiros (Brasil)
- David Almond (Reino Unido)
- Lennart Hellsing (Suécia)
- Louis Jensen (Dinamarca)

Ilustradores Finalistas:
- Carll Cneut (Bélgica)
- Etienne Delessert (Suíça)
- Jutta Bauer (Alemanha)
- Roger Mello (Brasil)
- Svjetlan Junakovic (Croácia)

Os dez membros do júri de 2010, presidido por Zohreh Ghaeni (Irã) foram: Ernest Bond (EUA), Karen Coeman (México), Nadia EL Kholy (Egito), María Jesús Gil (Espanha), Jan Hansson (Suécia), Annemie Leysen (Bélgica), Darja Mezi-Leskovar (Eslovênia), Alicia Salvi (Argentina), Helene Schär (Suíça) e Regina Zilberman (Brasil). Elda Nogueira (Brasil) representou a presidente do IBBY, Patsy Aldana e Liz Page atuou como secretária do júri.

O Brasil já recebeu duas vezes este prêmio com as escritoras Lygia Bojunga (1982) e Ana Maria Machado (2000) e ainda teve como finalista os escritores Joel Rufino dos Santos (2004) e Bartolomeu Campos de Queirós (2008).

Para a FNLIJ é um orgulho ver suas indicações de importantes nomes da Literatura Brasileira Infantil e Juvenil recebendo o reconhecimento do seu trabalho. A qualidade dos livros para crianças e jovens produzidos em nosso país já é destaque no mundo e a cada ano tem ganhado mais espaço. Parabéns a escritores, ilustradores, editores e promotores que acreditam e apostam no livro e na leitura.

Mais informações acesse o site www.ibby.org

*Fonte: http://www.fnlij.org.br/principal.asp

quarta-feira, 17 de março de 2010

Na torcida!



O Roger Mello, grande escritor e ilustrador, é um dos finalistas do Prêmio Hans Christian Andersen 2010, na categoria de ilustradores. Esse prêmio é conhecido como o "Nobel" da Literatura Infantojuvenil. Duas brasileiras já ganharam: Ana Maria Machado e Lygia Bojunga.
E o páreo é duro, só tem concorrentes fantásticos:

Ilustradores Finalistas:
- Carll Cneut (Bélgica)
- Etienne Delessert (Suíça)
- Jutta Bauer (Alemanha)
- Roger Mello (Brasil)
- Svjetlan Junakovic (Croácia)

Na figura acima, tem-se uma ilustração para o livro "Fita verde no cabelo", um conto muito legal do Guimarães Rosa. Apenas um de vários exemplos que comprovam grande talento desse cara.
Então é isso, vamos torcer porque ele é fera. ^^

domingo, 7 de março de 2010

14 cascaes



Adorei o projeto editorial deste livro. Edição muito bem feita, com destaque para os desenhos que ilustram cada conto (fugiu-me o autor agora, mas é catarinense). Quanto aos contos, é interessante observar que a proposta (fazer 13 contos contendo o mesmo personagem, o eterno Franklin Cascaes, artista e estudioso do folclore de Florianópolis) foi muito bem-sucedida. E assim foi pois em cada conto, Cascaes aparece de um ângulo: ora é o protagonista, ora um coadjuvante, que passa por traz da cena, acrescentando pequenos detalhes, mas que mudam muito o curso da narrativa. Ora é passivo, quando sua história é contada; ora é ativo, quando é um personagem em si, com falas expressas. Outro aspecto que aumenta a singularidade de cada conto, é a forma como o personagem é cruzado com os entes místicos que estudava, especialmente as bruxas. Essa relação aparece na maioria dos contos, como não poderia deixar de ser. Enquanto num conto Franklin, que se encontra solteiro por conta da morte de sua esposa Bete, é tentado por uma sensual bruxa; em outro Franklin é chamado para investigar um aparente caso de surgimento bruxólico, como no conto "Minha querida", de Fabio Brüggemann. "Dois bandolins", de Flavio José Cardozo, foi um dos conto de que mais gostei. Pela escolha do tema, e pelo gracioso trabalho com a metalinguagem (o final é demais), gostei muito. Muito bom também é o de Péricles Prade, o conto "talvez a primeira e última carta". Esse exemplo de Prade, é mais um que corrobora aquilo que eu falava lá em cima: a originalidade de cada conto é preservada por seu próprio foco narrativo, além das diferenças de tempo e espaço, bem como, os contos se diferem pelo papel que Cascaes nele desempenha. Essa narrativa de Prade, como sugere seu título, trata-se de uma carta datada um dia antes da morte de Cascaes, assinada por uma mulher que se diz indignada pelo fato de sua pessoa ser associada à figura de uma bruxa, por conta de Francolino (o nome real de Franklin)assim tê-la chamado, em sua obra "O Fantástico na Ilha de Santa Catarina. Na carta, a mulher tenta tirar de si a fama de bruxa, explicando que a sétima filha mulher nascida em lua cheia (condição para surgir uma bruxa) não fora ela, mas sua irmã gêmea. E Cascaes Acredita? E o leitor acredita? Lembrando que a carta, no qual emerge uma ameaça de morte para que Cascaes corrija seu suposto erro, é datada um dia antes do falecimento dele...
Bem, agora que eu praticamente tirei a graça de um dos contos, resumindo e contando seu final, resta-me tentar ajeitar isso, convidando-os a ler esses 13 cascaes (reparem no número folclórico), sob olhar de 13 autores catarinenses, e mais um 14º, aquele ilustrador, do qual vou ficar devendo o nome. (Começa com T, haha :P) Vale a pena curtir essa bela homenagem ao folclórico Francolino.