terça-feira, 11 de agosto de 2009

Imagem em ação

Hoje é o dia da TV, o veículo mais forte de comunicação que temos. Obviamente, a internet, que é bem mais nova - década de 90, tem um desempenho tecnólogico bem complexo e um futuro mais promissor. A televisão continua fazendo o que faz desde o início: transmitir imagens em ação, com som. Entretanto, a Tv é muito popular, e aí que reside sua força. Quase todas as casas possuem seu(s) aparelhos(s), sejam elas de famílias ricas ou pobres. É o veículo da passividade. A internet é muito dinâmica, e muito rica, pois oferce múltimplas leituras e, para isso, exije uma postura dos seus usuários: é preciso saber o que se quer, ir atrás, pesquisar. Já a televisão é mais limitada. Tomemos a TV aberta como exemplo: uma rede de canais com uma programação pré-estabelecida. O telespectador sabe o que lhe aguarda. A novela, o futebol ou as notícias: é simplesmente parar na frente do televisor e assistir.
Há quem diga que a TV idiotiza as pessoas. Ou então, que a internet em excesso idiotiza as pessoas. Isso é falso. Como todo veículo de comunicação - jornal, internet, revista - a televisão é um meio de divulgar informações e tantas outras funções. Há quem utilize a TV para fins pouco interessantes: programas sensacionalistas, propagandas que fogem do bom-senso. Mas nem por isso deve ser tratada como um meio negativo. Há muita coisa boa sendo transmitida pela Tv. A internet depende dos computadores, celulares e notebooks, máquinas frágeis se comparadas com os resistentes televisores. Antes de formar discursos preconceituosos sobre a Tv, precisamos lembrar que o importante é ter senso crítico, para filtrar o que o veículo TV tem a nos oferecer. E isso vale para todas as mídias: impressas e visuais. A TV fala pela linguagem da imagem, uma linguagem própria, bem diversa da linguagem oral. É da escritora infanto-juvenil Ana Maria Machado uma frase muito interessante: "Uma imagem fala mais do que mil palavras. Vejam essa frase. Você não consegue falar ela através de uma imagem". Ana Maria Machado faz referência a uma eterna polêmica, sobre a idéia de que a televisão tem tomado espaços de outras formas de expressão, e por conseguinte, promovendo a "idiotização" das pessoas. Dizem que ninguém mais lê: culpa da televisão. Não é isso. A linguagem visual, como bem disse a autora, não pode substituir a linguagem das palavras sempre. As imagens falam? Sim. O bom cinema, a boa pintura, a boa fotografia, a boa ilustração e o bom teatro estão aí para comprovar isso. No entanto, vemos que outra arte, a literatura, fazendo o uso somente de palavras, alcança resultados de expressão tão ricos quanto as artes que fazem uso de imagens. São linguagens diferentes, com objetivos comunicativos distintos. Entender isso é fundamental para criar um senso crítico perante as mídias, tornando-as nossas aliadas, e não "veículos de manipulação", como costuma dizer.
Vejo que me desvio do objetivo principal. Não falei muito dos defeitos da TV, nem de suas qualidades. Mas tudo bem, basta sabermos que dificilmente a sociedade (ocidental, principalmente) estaria no ritmo em que hoje está, se não tivesse contado nessas últimas décadas com as imagens e sons dos televisores.
Um parabéns para a TV.

=D

Um comentário:

  1. muito bom teu texto, eduardo.
    você apresentou bem os dois lados da moeda no que se refere a esse veículo de comunicação.

    eu diria que é uma questão de escolha, e de gosto. eu sou avesso à televisão. acredito que ela tenha, sim, bons programas, boas pessoas por trás do que nela aparece, enfim, coisas boas às pessoas. mas, por escolha, não a ligo, não a assisto. no máximo um jogo de futebol do flamengo, por conta do meu fanatismo. e só.

    já muito a assisti, sim. tudo quanto é tipo de programa. aí é que entra a escolha. hoje opto por ocupar meu tempo com livros, com leituras sobre determinados assuntos, com escritas, com lazeres diversos. menos com a tv.

    por mais que eu concorde que ela apresente coisas boas ao telespectador (não só coisas boas, é verdade), nada me convence a ficar parado frente a ela. criei uma repulsa muito grande. acabo sendo radical nisso. mas me sinto melhor assim.

    grande abraço!

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